quarta-feira, 18 de julho de 2007

"Gerúndio x Gerundismo"

Algumas pessoas se irritam, outras acham engraçado, mas ninguém deixa de atentar à um "vou estar fazendo..." ou a outro "posso estar te ligando...". Soa estranho, porém, algumas pessoas insistem em utilizar essa forma. Seria mais fácil fonéticamente falar "vou fazer" em vez de "vou estar fazendo" ou "posso te ligar" ao invés de "posso estar te ligando". A esse gerúndio forçado damos o nome, popularmente, de "gerundiar".
Corriqueiramente nos chocamos com essa forma por meio de telefonemas, em 99% das vezes, de algum banco querendo nos "empurrar" um cartão de crédito ou um seguro de vida (Apenas nesse segundo eles desejam nosso bem, isso porque o nosso bem nesse caso, é o bem deles).
Já li diversas reportagens a respeito do "gerundiar". Nunca vi algum autor defendendo essa forma. Também não entendo porque as pessoas insistem em utilizá-la, será que a acham bonitinha?
"Gerundianos" à parte, falemos do gerúndio. Ah, o gerúndio, aquela forma verbal que representa uma ação ocorrendo no mesmo instante da fala. Por exemplo: eu estou escrevendo sobre o gerúndio, e o gerúndio está descrevendo o que estou fazendo. Não é magnífico?
Por meio deste texto, saiu em defesa do pobre gerúndio. Ele não pode ser ridicularizado a ponto de o usarmos fora da sua primeira e única função (relatar ação que ocorre no exatamo momento da fala). O "gerúndinho" não foi criado para o futuro. Por isso peço encarecidamente a todos os amantes e mesmo os que nada tem a ver com a língua portuguesa. Vamos abolir o "gerundiar" do nosso vocabulário. O gerúndio já tem muito trabalho apenas com o presente, não lhe daremos também o futuro, não é!?

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